Governo lança banda larga grátis, paga por provedores de
conteúdo
Serviço funcionará como um 0800 do uso da internet.
Inicialmente, projeto será implementado no Distrito Federal.
Inicialmente, projeto será implementado no Distrito Federal.
Foi lançado nesta quinta-feira (12) o projeto-piloto que
permite o acesso gratuito a informações na internet custeado pelos próprios
provedores de conteúdo, como sites de bancos, comércio eletrônico e governos. A
iniciativa foi inspirada no serviço já existente de telefonia que utiliza o
prefixo 0800.
Inicialmente, o projeto atenderá a 80 usuários do serviço de
celular na cidade de São Sebastião, no Distrito Federal, a partir dos próximos
dias. Os testes serão realizados pelas operadoras Claro, Oi, Tim e Vivo.
Os representantes das quatro prestadoras estiveram na
cerimônia de lançamento do projeto-piloto, batizado de "Banda Larga
0800". O evento, realizado no Ministério das Comunicações, também contou
com a participação do ministro Paulo Bernardo e do governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz.
Ao ser estendida para todo o país, a proposta do governo e
das empresas deverá beneficiar, potencialmente, 82% da base de assinantes do
serviço de celular. Este percentual corresponde a quantidade de usuários de
contas pré-pagas que não dispõem de planos de internet.
"O serviço é inédito, com possibilidade de alcance
social extraordinário", afirmou Eduardo Levy, do Sindicato Nacional das
Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil),
durante a cerimônia.
Para que haja uso efetivo do serviço, as páginas de internet
com interesse de custear o acesso às informações e aos serviços deverão ser
cadastradas no projeto. Foi criado um portal específico na internet para dar
acesso gratuito, por enquanto, somente aos usuários selecionados
(bandalarga.0800.br).
O governador do Distrito Federal disse que o serviço de
acesso gratuito será oferecido nas páginas eletrônicas do governo. Ele citou os
sites da agência de emprego, do metrô e da Secretaria de Fazenda, que cuida do
programa de cadastro de notas fiscais.
O ministro Paulo Bernardo disse que, além de sites de
governo, o projeto deve contar com forte participação de empresas de comércio
eletrônico e bancos. Para ele, pode haver interesse das lojas on-line em arcar
com o custo da conexão para estimular o consumo, assim como essas lojas já
fazem com o frete da mercadoria. No caso dos bancos, existe a questão de
reduzir as filas das agências através de novos serviços de internet e celular.
"Ninguém pode pensar que será obrigatório para os
sites. Mas quem vai dizer que o 0800 da telefonia não tem lógica ou que já não
é preciso? Esse já é um sistema consagrado", afirmou Bernardo. Ele
acredita que as diferentes esferas de governo devem buscar o projeto, motivadas
pela Lei de Acesso à Informação, aprovada recentemente.
fonte: G1